'Nos desenhos animados
Eu já conheço o fim
O bem abre caminho
A golpe de espadachim
E o príncipe encantado
Volta sempre para mim'
Hoje acordei com uma vontade súbita de ver desenhos animados, toda a sua magia e felicidade.
Coisas lamechas eu sei, mas quando começamos a ver a realidade apetece voltar a ser a menininhas de cinco anitos que acordava as sete da manhã só com a vontade de ver a Pequena Sereia com o seu desejo enorme de conhecer o mundo cá fora mesmo contra tudo e todos que na altura nos fazia sonhar em saber nadar por mares profundos mas que agora nos mostra como mundos diferentes como a água e a terra se completam. Ou o Tarzan e a sua Jane, que mostram que por vezes não é preciso palavras para um bom entendimento, entre tantos outros que quando pequeninos são mágicos apenas pelas músicas, danças, piadas, mas que agora mais tarde nos mostram toda uma série de situações que não nos devem passar indiferentes.
Dezassete anos e continuo a querer acreditar que os 'bonzinhos' vencem como nos desenhos animados, que no fim a princesa acaba sempre com o seu príncipe e os maus são castigados.
Sim... na vida real nada é assim, o mais normal até é acontecer o contrário. Então se o é, porquê enquanto somos crianças fazer-nos acreditar que tudo pode acabar bem?
Não sei, mas ainda bem que me fizeram acreditar. Porque continuo a gostar da Pocahontas com o John a lutar contra as diferenças entre os "pele vermelha" e os "brancos" , e a sonhar com a Bela e o Monstro, e toda a sua magia, ou mesmo a rir com o génio do Aladdin ou com o nariz do Pinóquio a crescer.
Mas não me importo, porque mesmo que haja dias em que todos estes sonhos se desvaneçam entre desilusões e hipocrisias, no dia a seguir eu volto a sonhar, e volto a querer a vida de um desenho animado.
Rita.
Rita.